Elementos de Magia
- tcupaioxala
- 30 de nov. de 2013
- 3 min de leitura
Às vezes, as entidades ficam até constrangidas quando têm de “receitar” certas obrigações aos consulentes das tendas onde atuam.
Existe um descaso total nesse aspecto, e isso tem dado farta munição aos adversários religiosos da Umbanda, e mesmo do Candomblé, pois esse desconhecimento de causa pelos próprios médiuns tem impedido os médiuns de sustentarem suas práticas mediúnicas, todas fundamentadas na movimentação de elementos mágicos ou magísticos.
Mágico = movimentação de energias.
Magístico = ativação de processos mágicos.
Quantos médiuns desconhecem o significado de velas, sal grosso, banho de ervas, queima de pólvora, pontos cantados, despachos, e mais trabalhos que as entidades receitam?
São tantas as perguntas...
Então, por poucas bases, vamos falar o que esses elementos representam em nossas vidas.
Normalmente, uma oferenda contém vários elementos materiais, que à primeira vista
parecem não ter fundamento. Mas, na verdade, todos esses elementos têm fundamento e são facilmente explicáveis.
Frutas, velas, bebidas, flores, perfumes, fitas, comidas, etc. Tudo obedece a uma ordem de procedimentos, todos afins com o fim a que se destinam.
Senão, vejamos:
As frutas são fontes de energias que têm várias aplicações no plano etéreo. Cada fruta é uma condensação de energia que forma compostos energéticos sintéticos que, se corretamente manipulados pelos espíritos, tornam-se plasmas astrais usados por eles até como reservas energéticas durante suas missões socorristas.
As frutas também servem como fontes de energias sutilizadoras dos corpos elementares dos seres encantados, regidos pelos Orixás e que atuam na dimensão espiritual, onde sofrem desgastes acentuados, pois estão atuando num meio etérico que não é o deles.
Para efeito de comparação, podemos citar os trabalhadores que manipulam certos produtos químicos e que precisam ingerir grandes quantidades de leite para desintoxica-los, ou os que trabalham em fornalhas e precisam ingerir grandes quantidades de líquidos para se reidratarem.
Sim, os encantados são seres que, quando fora das suas dimensões de origem, sofrem fortes desgastes energéticos.
E esses mesmos desgastes sofrem os espíritos que atuam como curadores, quando doam suas próprias energias aos enfermos, tanto os desencarnados quanto os encarnados.
É certo que, para si só, um espírito ou encantado não precisa de alimento algum, ou mesmo da luz de uma vela. Mas os que atuam nas esferas mais densas sofrem esgotamentos parecidos com os trabalhadores mineiros que trabalham em minas profundas. E os que atuam como curadores doam tanto suas energias, que muitos precisam descansar um pouco, após socorros mais demorados junto aos enfermos.
O fato é que as frutas possuem muitas utilidades aos espíritos e aos seres encantados que atuam juntos aos médiuns umbandistas.
Romã, mamão, manga, uva, laranja, jabuticaba, pitanga e tantas outras frutas fornecem energias que podem ser armazenadas dentro de “frascos cristalinos” existentes no astral e que, depois, basta seus manipuladores acrescentar-lhes uma energia mineral que o conteúdo do frasco transforma-se numa fonte inesgotável de um poderoso plasma energético, ao qual recorrerão para curar espíritos enfermos ou pessoas doentes, sempre que precisarem.
A oferenda é um ato religioso, realizado no ponto de força do Orixá, que irá fornecer ao espírito que trabalha com o médium um de seus axés, utilizado de imediato, ou posteriormente, em diversos trabalhos.
Uma oferenda obedece a todo um ritual magístico, que, por isso mesmo, ou é feito religiosamente ou não passará de uma panaceia. E Orixá algum admite panaceias em seus campos vibratórios e domínios energéticos.
Esse procedimento é correto, recomendável e fundamentado em preceitos religiosos.
Só durante uma oferenda ritual os guardiões dos axés, após certificarem-se de que eles terão um uso amparado pela Lei Maior, os liberam para o uso particular dos espíritos atuantes nas tendas.
Ou alguém acredita que os axés são liberados para uso profano? Só um tolo acredita que sim!
Rubens Saraceni
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